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Drosophyla Bar: um tesouro no centro de São Paulo

Drosophyla Bar: um tesouro no centro de São Paulo

Brasil, Gastronomia

Que tal tomar um coquetel delicioso numa bela e restaurada casa dos anos 20 no centro de São Paulo? Conheça o Drosophyla bar e restaurante, um lugar único na capital paulista. O Viver a Viagem esteve por lá e leva você a este incrível casarão.

O Drosophyla ou Drô – para os mais íntimos – nasceu em 1986 em Belo Horizonte e nos anos 90 veio para São Paulo, onde se estabeleceu e funciona até hoje. Em 2015, passou por uma mudança e abriu suas portas num cottage da década de 1920 no centro da capital.

A casa funciona à noite. Em alguns dias da semana há música ao vivo e esporadicamente oferece até um workshop do bitter usado nos próprios drinques.

Além dos coquetéis, comidinhas e decoração, a casa em si chama atenção por seu valor histórico e arquitetônico. Lily (a proprietária) abriu mais que uma coquetelaria e restaurante, deu um presente à cidade de São Paulo e a todos nós.

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O bar do Drô[1]

Repare no teto, nas paredes, no chão, nos lustres, nas portas e janelas; repare em tudo!

O que você vê nas paredes não é papel de parede, mas sim a pintura original e meticulosamente restaurada. O assoalho é composto por três tipos de madeiras de cores diferentes. Os batentes também foram restaurados e exibem toda sua glória. A escada central circular e o teto também são outras joias desta construção.

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O salão principal[3]
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Escadaria do Drosophyla[4]

Experimento os coquetéis autorais e a interessante proposta dos drinques de apotecário, do barman e mixologista Kleiton Martins.

O apotecário era um antigo tipo de médico/farmacêutico que tratava seus pacientes com elixires. Partindo desse conceito, Kleiton usa ingredientes com propriedades para a saúde, como: própolis, gengibre, canela, pimenta, cardamomo, frutas e o próprio bitter.

Viver a Viagem - Drosophyla bar - drink - jasmineiro
Jasmineiro, coquetel a base de Aperol, gin, chá de jasmin e twist de limão siciliano[5]

As taças dos drinques são outra surpresa. Lily escolheu a dedo as mais belas e antigas. O Jasmineiro (foto acima) é servido em xícaras inglesas de mais de 40 anos. É um cuidado sem fim com a estética.

Viver a Viagem - Drosophyla bar - drink - brasilberg
O Brasilberg é tanto o bitter quanto o nome do drinque[6]
Viver a Viagem - Drosophyla bar - drink - tropic
O Tropic é um coquetel a base de abacaxi e capim limão[7]
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Diabolique, a combinação explosiva de melancia e pimenta. Coquetel viciante![8]
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Luminária chinesa trazida por Lily durante uma de suas viagens à China[11]
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O que fazer com armários? Remova suas portas e aproveite o espaço para fazer cabines[12]
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Lustre de cacho de uva[13]
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Estantes repletas de objetos do mundo todo misturam-se às luzes[14]
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Vai um docinho? Desconstruindo Freud é a pedida perfeita para dividir com quem se gosta. Bolo de chocolate meio amargo com doce de damasco[15]
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Abajur criativo[16]
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O terraço é outra parte gostosa da casa. O piso de ladrilho hidráulico dá um charme à área, que fica de frente à igreja presbiteriana[17]

Workshop de bitter silvestre

Bitter é um preparado de ervas usado em diversos drinques. O líquido pode conferir amargor, acidez e ainda agridoçura aos drinques. Anos de pesquisa e experimentações levaram Kleiton a criar sua própria composição. Neste workshop o mixologista conta um pouco sobre o que é esta infusão e como usa-la nas bebidas.

Durante o evento além de fazer o bitter, você prepara um dos deliciosos drinques da casa. Ao decorrer do processo é possível entender como o elixir é elaborado e sentir o aroma hipnótico das especiarias que o compõe.

O workshop é gratuito e para participar é necessário apenas se inscrever. Siga o facebook da casa para saber quando será o próximo.

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O bitter silvestre do barman e mixologista Kleiton Martins[18]
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Alguns dos ingredientes: frutas silvestres, passas e flores secas de hibisco[19]
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Ingredientes sendo agregados para preparar a infusão[20]
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Kleiton ensinando a fazer um dos coquetéis da casa que leva o bitter[21]
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Cada um preparando o seu[22]

Li-Lo-Lu-Xo

O Drosophyla tem sua própria lojinha com garimpos do mundo todo. Cada cantinho está repleto de coisas incríveis a serem descobertas.

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Lily e um dos seus gatinhos já residentes da casa[24]
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Um dos gatinhos a me observar enquanto tirava as fotos. Eles são muito queridos e carinhosos[25]
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Um adorno chinês da minoria étnica Miao[26]
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Um oratório budista trazido do Tibet[27]
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Medalinha de São Francisco de Assis, trazida por Lily de sua última viagem à cidade na Itália. Como o santo é o protetor dos animais, Lily comentou que essa medalha é para ser colocada no seu bichinho de estimação[28]
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Maravilhoso cadeado de ferro também da minoria Miao. Lily o trouxe de uma de idas à China[29]
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Não resisti e comprei um porta cartões russo. Um dos gatinhos ficou de sentinela cuidando do meu porta cartões enquanto eu fazia as outras fotos[30]
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Objetos dos mais variados compõem a li-lo-lu-xo[31]
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Pintinho flocado, um dos objetos inusitados que encontrei[32]
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Gatinho natalino. Já pensou em ter uma árvore de natal felina?[33]
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Placa de Mao Tse Tung, também trazida da China em uma de suas visitas[34]
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Colar super criativo de contas, bonecos e bebês[35]
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Sapatinho chinês[36]
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Cabide super criativo de gato[37]
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Lenço da Adriana Tavares. Quer maneira mais Lily de mostrar um lenço do que vestindo-se de fantasma?[38]
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Bolsa de outra minoria étnica trazida de uma viagem[39]
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Gancho de dedo![40]
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Ronaldo, que também trabalha na lojinha, tem um projeto super interessante com Barbies. Esse Ken virou uma ótima luminária[41]

Lily

Lembro quando voltei do Japão e ela me chamou para tomar chá na sua casa e conversar sobre a viagem. Ao chegar me deparei com Lily vestindo um colar de contas masai e um lenço de algum lugar no mundo. Almoçamos, conversamos sobre viagens e fiquei fascinado com suas idas ao interior da China para visitar minorias étnicas. À tarde, tomamos chá japonês em bule russo e xícara inglesa depois de um almoço italiano. Lily é do mundo; é multicultural.

Toda essa pluralidade se reflete em sua personalidade e em tudo que cria. Suas ideias, garimpos, jeito de se vestir e gostos musicais. Tudo muito autêntico e plural.

No dia em que fui fazer as fotos não resisti e tive que pedir um retrato exclusivo para o site.

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Obrigado Lily por abrir as portas do Drosophyla para o Viver a Viagem.

Como chegar e horário de funcionamento

Segunda e Terça Feira: 19h às 00h
Quarta e Quinta Feira: 19h à 1h
Sexta Feira: 19h às 2h
Sábado: 19h às 2h

Reservas e informações

55 (11) 3120-5535
drosophyla@drosophyla.com.br

Visite o site oficial faça uma visita de 360º pela casa.

Rua Nestor Pestana, 163 – Consolação S. Paulo

 

CC-BY-NC

About the author

Sou fotógrafo, moro em São Paulo e já estive em 16 países. O Viver a Viagem é meu projeto pessoal e vai além de dicas triviais; quero proporcionar uma imersão cultural e ajudar você a viajar com um olhar diferente.